no escuro do céu azul
eu ouço do silêncio ensurdecedor
pressiono a agulha contra o indicador
talvez essa seja a minha propensão a dor

você não consegue entender
o quanto de perigo você corre
até que você e todos se explodam
se desfaçam feito cinzas
como fogo e suas chamas
que queimam tudo pela frente
consome e mata sem piedade
me deixando na carne viva

_esses prazeres
violentos_
tem
fins
violentos_

na claridade do céu azul
é quando minha consciência acerta
bate como pêndulo
faz parte de mim e parte de você
se questionar até não se aguentar mais

presa nesta mente até o último segundo
cabeça latejando de tanta dor

você não consegue entender
o quanto de perigo você corre
até que você e todos se explodam
se desfaçam feito cinzas
como fogo e suas chamas
que queimam tudo pela frente
consome e mata sem piedade
me deixando na carne viva

lábios selados feito cadeados
e o meu segredo morrerá comigo
presa nessa teia de remorsos
após devorar do fruto proibido
feito cobras se acasalando
rastejando como se fosse lesma
pela lente dos condenados e sua ira
ras, ras, rastejando, rastejando como lesma
pela lente dos condenados e sua ira

prazeres violentos
decaem feito culpa em mim
nessa pilha de arrependimentos
crescendo a cada dia mais e mais
repentina sensação
de desgosto de mim mesma
é como se eu estivesse podre por dentro

você não consegue entender
o quanto de perigo você corre
(rastejando como lesma)
até que você e todos se explodam
(pela lente dos condenados e sua ira)
se desfaçam feito cinzas
como fogo e suas chamas
que queimam tudo pela frente
(rastejando como lesma)
consome e mata sem piedade
(pela lente dos condenados e sua ira)
me deixando na carne viva

eu quero desmaiar_ sob a luz do luar
eu quero ser o vento para tocar você
meio a fumaça, foi quando eu percebi
que me tornei os resquícios do que vivi

e no escuro_ do céu azul
eu ouço do silêncio ensurdecedor
pressiono a agulha, contra o indicador
talvez essa seja a minha propensão a dor

𖡬escrito por VALENTINE ROSE.